O Antigo Regime Português no Século XVIII
O ouro brasileiro
- A chegada de ouro brasileiro teve um forte impacto na economia portuguesa, fazendo com que Portugal não continuasse tão dependente dos metais preciosos.
- A descoberta de ouro e depois de diamantes fizeram com que muitos portugueses emigrassem para o Brasil. Muitos também acreditavam que o ouro era suficiente para cobrir o défice da balança comercial portuguesa, ou seja, haveria ouro suficiente para pagar todas as importações.
- No entanto estes lucros foram usados na importação de produtos de luxo e não no desenvolvimento das manufacturas.
O poder absoluto em Portugal
- D. João V (o Magnânimo) foi o representante do poder absoluto em Portugal. A sua imagem de luxo e opulência foi permitida pelas remessas de ouro brasileiro. O monarca português procurou imitar o monarca francês Luís XIV (o Rei-Sol).
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- O seu reinado ficou marcado pela construção de dois grandes monumentos:
- o Convento de Mafra;
- o Aqueduto das Águas Livres.
O despotismo pombalino e o fomento comercial e manufactureiro
- Quando D. José I se tornou rei, após a morte de D. João V, clamou Sebastião José de Carvalho e Melo para o governo. A sua acção após o terramoto de Lisboa de 01 de Novembro de 1755. Contribuiu para que o rei lhe confiasse o cargo de Secretário de Estado dos Negócios do Reino. Em 1769, atribui-lhe o título de Marquês do Pombal.
- O marquês de Pombal governou de acordo com o despotismo esclarecido, ou seja, considerava que o rei devia governar para o bem de todos e não apenas dos grupos sociais privilegiados.
- Quanto D. José I subiu ao torno, o reino vivia uma crise económica. Para equilibrar o défice e libertar Portugal do domínio económico dos Ingleses, o Marquês do Pombal, tal como o conde da Ericeira, seguiu uma política mercantilista:
- medidas de fomento comercial:
- fundação de grandes companhias comerciais, como a Companhia de Grão-Pará e Maranhão, para o comércio com o Brasil;
- criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro para controlar a produção e comercialização do vinho do Porto;
- medida de fomento manufactureiro:
- reorganização das manufacturas como a Real Fábrica das Sedas.
Sociedade da Época Pombalina
Nobreza |
Clero |
Burguesia |
Membros da alta burguesia foram afastados do poder. Vários elementos da alta nobreza foram julgados e condenados à morte pela acusação de conspiração contra o rei. |
Expulsão dos Jesuítas de Portugal e das colónias acusados também de conspiração contra o rei. Os seus bens foram confiscados. O poder da Inquisição foi limitado com a anulação entre a distinção de cristãos-novos e cristãos-velhos. |
O desenvolvimento do comércio e da actividade manufactureira provocou o aparecimento de uma nova burguesia. Estes receberam cargos retirados aos nobres. Beneficiaram com a limitação do poder da Inquisição pois muitos dos cristãos-novos se dedicavam ao comércio. |
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Após submeter os grupos sociais privilegiados, o marquês de Pombal criou vários organismos para controlar a administração e as actividades económicas, como:
- o Erário Régio, que controlava as fianças públicas;
- a Junta do Comércio, que controlava para o comércio e procurava desenvolver as indústrias manufactureiras;
a Real Mesa Censória, que vigiava todas as publicações