D. João V

28-02-2012 19:24

 

 

 

: D. João V (Lisboa, 22 de Outubro de 1689 — Lisboa, 31 de Julho de 1750), de seu nome completo João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança, foi Rei de Portugal desde 1 de Janeiro de 1707 até 31 de Julho de 1750, completando um dos mais longos reinados em Portugal.

D. João V seguiu uma política de neutralidade em relação aos conflitos europeus mas empenhou-se fortemente na defesa dos interesses portugueses no comércio ultramarino, de que foi exemplo o Tratado de Utreque (1714), em que a França e a Espanha reconheceram a soberania portuguesa sobre o Brasil.

Esta neutralidade foi possível devido à riqueza do reino proveniente da exploração das minas de ouro do Brasil. D. João V pretendeu, à semelhança dos outros monarcas europeus, imitar Luís XIV. Defensor do absolutismo, não reuniu as Cortes uma única vez durante o seu reinado. Teve como principal ministro e homem de confiança o cardeal da Mota.

Devido às grandes obras que promoveu no campo da arte, da literatura e da ciência, ficou conhecido por “o Magnânimo”. Na cultura merecem referência especial a Real Academia Portuguesa de História, fundada em 1722, e a introdução da ópera italiana,em 1731.

D. João V desenvolveu ainda as artes menores (talha, azulejo e ourivesaria) e as artes maiores através de vários pintores e escultores que se deslocaram de Itália para trabalhar em Lisboa e  Mafra. O Convento de Mafra (com o ouro do Brasil), mandado construir como forma de agradecer o nascimento do seu primeiro filho varão, e o Aqueduto das Águas Livres (à custa dos impostos do Povo) são dois exemplos de obras públicas de grande imponência. Deu nome a um período da história da arte portuguesa designado barroco joanino.