- O comércio à escala mundial

28-02-2012 19:05

 

Comércio à escala mundial - séculos XV e XVI

 
 

 

 

Até ao início do século XVI, os contactos comerciais entre os vários continentes faziam-se através da rota do Levante e das rotas caravaneiras do Norte de África, controladas pelos Muçulmanos. Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, os Portugueses abriram caminho para o Oriente através da rota do Cabo, que se prolongava até ao Japão pelo Extremo Oriente.

A descoberta da América pelos Espanhóis permitiu a chegada à Europa de grandes quantidades de metasi preciosos oriundos daquele continente e também o acesso a Espanha aos produtos orientais, obitidos através da rota de Manila.

Todas estas rotas puseram em contacto os vários continentes e os seus respectivos produtos, dando início ao processo de mundialização da economia.

A Expansão dos dois países ibéricos deu origem ao aparecimento de dois importantes centros de comércio: Lisboa e Sevilha. A partir destas duas cidades, os produtos eram enviados para Anuérpia, na Flandres, de onde eram distribuidos para toda a Europa.

Eram, pois, os países do Norte da Europa que lucravam mais com este comércio, porque Portugal e Espanha limitavam-se a transportar os produtos coloniais para a Europa (política de transporte). Os países ibéricos praticaram o comércio colonial em regime de monopólio régio, ou seja, o comércio estava dependente do rei, enquanto que no Norte da Europa se assistia ao dinamismo da burguesia.

 Comércio Mundial - séculos XV e XVI

Império português - século XVI

Difusão de novas plantas


Consequências do comércio à escala mundial

A circulação de produtos e as suas repercurssões no quotidiano:
Nas referidas rotas circulavam vários produtos:


da Ásia vinham pedras preciosas, sedas, porcelanas e especiarias;

da África vinham o ouro, o marfim, a malagueta e os escravos;

da América chegavam metais preciosos, açúcar e tabaco;

da Europa saíam os produtos manufacturados, cereais, cobre e bugigangas.

A grande quantidade de ouro e prata chegada à Europa provocou o aumento da cunhagem e da circulação da moeda; o aumento demográfico que se verificou na Europa levou a um crescimento na procura. A junção destes dois factores levou, por sua vez, a uma subida generalizada dos preços.

 

Os novos produtos importados provocaram mudanças na vida das populações:

ao nível da alimentação, foram introduzidos novos produtos como o milho, o feijão, a batata, o tomate, o café, o cacau, e generalizou-se o uso do açúcar, das especiarias e do chá.

Ao nível do vestuário, foram divulgados novos tecidos.

Ao nível dos costumes, passaram a ser consumidos produtos como o tabaco e as drogas farmacêuticas.

Ao nível dda decoração, modificaram-se os gostos europeus, com a introdução das porcelanas, móveis e adornos orientais.