Descobrimentos

28-02-2012 19:04

AS GRANDES VIAGENS DO SÉCULO XV.doc (796,5 kB)

Descobrimentos e conquistas no período henriquino.pdf (2,6 MB)

Século XVI – Reinado de D. Manuel I.pdf (42,8 kB)

 

 

Condições da prioridade portuguesa no processo de Expansão Europeia


Portugal foi o primeiro país a encontrar uma solução para a crise que a Europa atravessava. De que condições dispunha, então, o nosso país?
Condições políticas: estabilidade política e uma dinastia desejosa de se afirmar internacionalmente;
Condições geográficas: Portugal, situado no extremo sudoeste da Europa, dispunha de uma longa costa e de bons portos marítimos. A pesca e o comércio tinham familiarizado a população do litoral com o mar.
Condições técnicas e científicas: os Portugueses tinham conhecimento e prática das técnicas de navegação e ciência náutica, dominando a técnica de bolinar (navegar com ventos contrários) possibilitada pelo uso da vela triangular e do leme fixo à popa (leme de cadastre), aplicados na caravela, barco fundamental nas viagens de descoberta. Quando à ciência náutica, é de realçar o aperfeiçoamento dos instrumentos de orientação, como a bussola, o quadrante, o astrolábio e a balestilha, que permitiam a navegação astronómica através do cálculo da latitude de um lugar; foram também elaborados portulanos, mapas com registo dos portos e linhas de rumo.

 

Factores sociais, políticos e económicos no arranque da Expansão Portuguesa

Para além das condições enumeradas anteriormente, existiam interesses sociais e políticos:

o clero pretendia alargar a sua área de influência religiosa e aumentar as suas rendas;

a nobreza desejava novos cargos e novos rendimentos;

a burguesia mostrava-se interessada na procura de novos centros de comércio e queria comprar produtos que escasseavam tanto em Portugal como na restante Europa;

o povo ansiava por melhorar as suas condições de vida;

D. João I, aclamado nas Cortes de Coimbra, necessitava de aumentar o seu prestígio e autoridade dentro e fora do país.

Como podes verificar, a Expansão Portuguesa era do interesse de todos os grupos sociais e da própria Coroa.

Devido aos efeitos da crise do século XIV, que se faziam sentir, o nosso país atravessava dificuldades económicas e financeiras:

Falta de cereais, mão-de-obra e matérias-primas;

Escassez de ouro para cunhagem de moeda.

 

Descoberta e exploração dos Arquipélagos da Madeira e dos Açores
No projecto exapnsionista português, o Infante D. Henrique teve um papel determinante. Senhor de vastos territórios e Mestre da Ordem de Cristo, este quinto filho de D. João I orientou e custeou as viagens de descoberta até à data da sua morte, em 1460.
As primeiras viagens de descoberta resultaram no reconhecimento dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Descoberta e colonização das ilhas da Madeira e Porto Santo: 1418-1419, João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo, navegadores ao serviço do Infante D. Henrique, efecturam o reconhecimento destas ilhas, desabitadas até então. O seu povoamento e colonização fez-se pelos sistema de capitanias, entregues aos três descobridores, que foram nomeados capitães-donatários, com amplos poderes admnistrativos, judiciais e militares. Do ponto de vista económico, aproveitando-se o clima propício e a abundância de água, foram introduzidos os cereais e a cana-de-açúcar, tendo esta última sido o grande produto de exportação para a metrópole.
Descoberta e colonização do arquipélago dos Açores: entre 1427-1452 foi feito o reconhecimento oficial do arquipélago dos Açores, por Diogo Silves e Diogo de Teive. A colonização do arquipélago inicia-se com a nomeação de Gonçalo Velho Cabral para capitão-donatário das ilhas de Santa Maria e de S. Miguel. O povoamento fez-se com colonos vindos da metrópole e da Flandres. A fertilidade do solo e o clima húmido permitiram a introdução de cereais, plantas tintureiras. Desenvolveram-se depois a pecuária e a produção de lacticínios

 

Exploração do litoral africano

Enquanto se levava a cabo a colonização dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, os Portugueses lançaram-se na exploração da costa ocidental africana.

Apesar de algumas dificuldades encontradas devido aos ventos e correntes marítimas, em 1434, Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, abrindo assim o caminho de acesso ao ouro africano. Em 1460, a Expansão já tinha chegado à Serra Leoa.

A partir desta data, na qual ocorreu a morte do Infante D. Henrique, o rei Afonso V decide arrendar o direito de exploração e comércio na costa africana ao mercador de Lisboa Fernão Gomes, pelo prazo de cinco anos. No contrato estebelecido entre ambos ficava definido que aquele mercador pagaria uma renda em dinheiro ao rei, comprometendo-se também a descobrir por ano 100 léguas da costa africana. Em 1475, ano de termo do contrato, a costa africana estava explorada até ao Cabo de Santa Catarina.

Ainda durante o reinado de D. Afonso V, foram efectuadas as conquistas de várias cidades do Norte de África: Alcácer-Ceguer, Arzila e Tânger.

 

 

 

A política expansionista de D. João II
Em 1475, o príncipe D. João, filho de D. Afonso V, assume a direcção da política expansionista. Em 1481, com a sua subida ao trono com o título de D. João II, são nítidos os seguintes objectivos:
Fortalecer o domínio português no Atlântico;
Fazer a exploração da costa africana;
Procurar a passagem do Atlântico para o Índico, com vista a atingir a Índia.
Foi dentro desta nova orientação que se realizaram as viagens de Diogo Cão (1482-83, Foz do rio Zaire) e de Bartolomeu Dias (1487-88, Cabo das Tormentas). Com esta última foi confirmada a existência da tão procurada passagem do Atlântico para o Índico. Era, pois, possível chegar à origem das especiairias por via marítima. Enquadra-se dentro desta política as viagens terrestres efectuadas por Pêro da Covilhã e Afonso Paiva, procurando recolher informações sobre a ìndia e o Índico.

 

A rivalidade luso-castelhana

Entretanto, também a Espanha se tinha lançado num projecto de expansão marítima. Os Reis Católicos Isabel e Fernando aceitaram a proposta apresentada pelo navegador genovês Cristovão Colombo, que visava atingir a Índia navegando para ocidente.

Em 1492, este navegador chegou ao arquipélago das Antilhas, na América Central, julgando ter chegado à Índia. A quem pertenceriam então os novos territórios descobertos? Invocando o Tratado de Alcáçovas, D. João II entendia que pertenciam a Portugal, enquanto os reis Católicos defendiam que pertenciam a Espanha, pois tinham sido descobertos por um navegador ao seu serviço.

Para resolver este diferendo, o Papa Alexandre VI apresentou uma proposta, na qual seria dividido em dois hemisférios, segundo um meridiano traçado a 100 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde; D. João II apresentou uma nova proposta, que propunha a passagem do meridiano a 370 léguas a oeste daquele arquipélago. Esta nova proposta foi aceite pelos Reis Católicos e ratificada pelo Papa. Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que definia a posse das terras descobertas ou a descobrir por Portugal e Espanha: a ocidente do meridiano já referido, as terras pertenciam a Espanha, a oriente pertenciam a Portugal.

 

 

A chegada à Índia e ao Brasil
Em 1497, no reinado de D. Manuel I, uma armada capitaneada por Vasco da Gama saiu de Lisboa com destino à Índia, onde chegou em 1498. Estavam pois atingidos os objectivos delineados por D. João II.

No ano de 1500, também no reinado de D. Manuel I, uma armada capitaneada por Pedro Álvares Cabral saiu de Lisboa em direcção à Índia. Seguindo a rota tradicional até Cabo Verde, a armada rumou depois para sudoeste e encontrou terra, à qual foi dado o nome de terra de Vera Cruz (só mais tarde adoptou o nome Brasil).

Alguns historiadores defendem que a descoberta do Brasil não foi por acaso e que D. João II já tinha conhecimento de terras naquela latitude (negociações do Tratado de Tordesilhas e rota de Vasco da Gama, entre outros motivos).

Esta ideia carece no entanto de provas documentais, pelo que se considera que o Brasil foi descoberto em 1500, por Pedro Álvares Cabral. Com o achamento do Brasil surge também uma nova visão do «outro», que era totalmente desconhecido até esse momento.

 

Os Portugueses na África Negra

Quando os Portugueses chegaram a África, no século XV, encontraram povos com diferentes níveis de desenvolvimento e diferentes culturas. A maioria dos povos africanos vivia em tribos seminómadas, praticando uma agricultura rudimentar e dedicando-se à caça, à pesca e à pastorícia. Havia, no entanto, alguns reinos organizados política e economicamente.

A presença portuguesa na África Negra limitou-se praticamente aos contactos comerciais junto à costa, onde foram estabelecidas feitorias para o comércio do ouro, escravos, marfim e malagueta. Para além destes contactos, os Portugueses efectuaram tentativas de missionação destes povos; apesar de tudo, a religião cristã teve fraca implantação nesta região. A influência portuguesa pode verificar-se ao nível das técnicas e da língua (aculturação).

A consequência mais importante da presença portuguesa em África foi o desenvolvimento do tráfico de escravos, que se prolongou até ao século XIX.

 

A Penetração portuguesa no mundo asiático

No Oriente, os Portugueses encontraram povos com civilizações e culturas bastante desenvolvidas como Hindus, Chineses e Japoneses.

A descoberta do caminho marítimo para a Índia abriu uma nova rota, a rota do Cabo, através da qual os Portugueses traziam para a Europa as especiarias orientais. O comércio das especiarias nunca foi completamente controlado pelo nosso país, devido à concorrência de Turcos e Muçulmanos, que faziam chegar os produtos orientais à Europa através do Golfo Pérsico e Mar Vermelho. Para enfrentar este e outros problemas, foram nomeados vice-reis para a Índia.

D. Francisco de Almeida foi o primeiro vice-rei da Índia; entendia que o domínio português naquela região deveria ser feito através de uma poderosa presença naval, que controlasse as principais rotas comerciais;

D. Afonso de Albuquerque, segundo vice-rei da Índia, optou por uma política de domínio territorial, conquistando as cidades de Goa, Ormuz e Malaca, portos estratégicos no comércio do Oriente.

Os Portugueses expandiram o seu domínio por todo o Oriente, fundando feitorias e missões. A partir dos contactos ai estabelecidos, tentou influenciar-se os povos locais, no sentido da transmissão da cultura europeia. No entanto, como já foi referido, as civilizações dos povos orientais tinham raízes culturais muito profundas, o que fez com que a cultura de que os Portugueses eram portadores não fosse bem aceite, apesar de se verificar alguma aculturação no domínio das técnicas de construção e produção. Destes contactos, resultou para os Portugueses um enriquecimento da sua cultura nos seguintes domínios: literatura, ciências, artes decorativas e hábitos alimentares.

Os Espanhóis na América

Os Espanhóis estabeleceram-se na América Central e do Sul, onde encontraram povos como os Astecas, os Maias e os Incas. Estes povos estavam organizados política e socialmente praticando uma agricultura intensiva, baseada em produtos como o milho, a batata e a mandioca. Com bastantes conhecimentos de Matemática e da Astronomia, desconheciam, no entanto, a roda e a metalurgia do ferro. Estas civilizações foram facilmente dominadas pelos Espanhóis, que utilizaram os povos conquistados como mão-de-obra escrava nas minas de prata em que aquelas regiões eram ricas.

 

Os Portugueses na América

Os Portugueses começaram por explorar no Brasil as suas riquezas naturais: aves exóticas e pau-brasil. O território só foi realmente colonizado no reinado de D. João III, quando o comércio com o Oriente entrou em decadência. O Brasil foi dividido em 15 capitânias, estando à frente de cada uma delas um capitão-donatário, com amplos poderes jurídicos e administrativos. Devido aos conflitos existentes entre as diferentes capitanias e aos ataques de piratas, o rei D. João III nomeou um governador geral para todo o território. A partir de finais do século XVI, a economia brasileira assenta na produção e comercialização do acúcar.

Os contactos com os povos locais foram marcados pela presença dos Jesuítas, que se dedicaram à evangelização, instrução e protecção dos povos indígenas.

A colonização portuguesa e espanhola nos territórios da América Central e do Sul não foi apenas uma exploração económica: traduziu-se também na transmissão da língua, da religião e das técnicas.

 

 

 

 

CausasDescobrimentos  Professor Alcino Raposo

A Expansão Portuguesa  Professor Alcino Raposo

 

 

A Prioridade Portuguesa: Os Conhecimentos Técnicos 

Ampulheta

 
 

 

Quadrante (permitia determinar a distância entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação se encontrava, baseado na altura da Estrela Polar)


Bússola


 


 

Balestilha (para medir a altura de um astro)

 

 

Astrolábio (para medir a altura dos astros acima do horizonte)



 

A Caravela portuguesa deriva da longa tradição árabe das embarcações pesqueiras do sul do país (Algarve). O aperfeiçoamento deste tipo de embarcação resultou num novo e versátil tipo de navio, que proporcionou viagens mais rápidas a longa distância.No início do séc. XV começa a ser utilizada nas viagens marítimas dos Descobrimentos portugueses, sobretudo ao longo da costa africana. Eram navios ligeiros, rápidos, capazes de navegar em todas as águas e com todos os ventos. As suas velas triangulares, vela latina, permitiam-lhes bolinar, isto é, navegar com ventos contrários.

 

 

Navegação Astronómica
 


Se a primeira etapa dos Descobrimentos é marcada pela coragem e audácia dos responsáveis políticos e dos seus navegadores, esta também se fundamenta na capacidade de síntese e fusão de diferentes conhecimentos e experiências culturais.
A nossa posição geográfica permitia o acesso privilegiado a duas culturas náuticas distintas: a navegação no Mediterrâneo e no Atlântico Norte. Por outro lado, soubemos reconhecer e estudar a riqueza do conhecimento astronómico árabe. Do ponto de vista cartográfico, absorveu-se o conhecimento maiorquino e catalão.
Para se libertarem da navegação costeira e aproveitarem os ventos oceânicos, que os navegadores portugueses souberam dominar e compreender, foi fundamental um investimento sistemático na navegação astronómica.
Tal acontece, já no reinado de D. João II, através da generalização nos navios portugueses da náutica astronómica, com utilização de instrumentos de medição de alturas. São elaborados extensos roteiros e feitos reconhecimentos hidrográficos. A própria cartografia surge renovada, como consequência da navegação astronómica.
Através da cuidadosa (e sigilosa) recolha e sistematização de informação, forma-se um espírito de escola entre pilotos e outros mareantes portugueses. Obras tão importantes como o “Tratado da Agulha de Marear” de João de Lisboa, discutem a fundo as limitações e as potencialidades, não só dos instrumentos de navegação, como a construção naval e o domínio do cada vez mais domesticado sistema de ventos.
 
 
 
 
A Acção de D.João II 
Com D. João II (1481-1495), a coroa assume decididamente a política de expansão marítima: fortalece-se o domínio português a sul das Canárias através do tratado de Alcácovas- Toledo (1479-1480), explora-se economicamente a zona do Golfo da Guiné a partir da feitoria da Mina e intensifica-se a busca da passagem do Atlântico para o índico. Para atingir este último objectivo, avançam as viagens de Diogo Cão e de Bartolomeu Dias ao longo da costa africana; ao mesmo tempo, Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã procuram, por terra, recolher informações sobre a navegação e comércio no Índico e localizar o reino do Preste João.
 
Caminho percorrido pela expedição de V. da Gama (a preto). No mapa está também o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde).
 
 
 
 
S.Jorge da Mina 

A feitoria na costa da Guiné marca a primeira tentativa da ocupação portuguesa na África. Construído com o pretexto de divulgar o cristianismo entre os povos africanos, o seu verdadeiro objectivo era garantir o escoamento da malagueta, do marfim e do ouro que para aí era enviado das ricas regiões auríferas do interior. E também organizar o lucrativo comércio de escravos. O forte de São Jorge da Mina (mandado construir por D. João II) para lá de todo o tráfico comercial que exercia, tornar-se-ia o primeiro entreposto de escravos da era moderna e o pólo a partir do qual os reinos de Benin e Daomé seriam dizimados. Começava aqui o reverso da medalha da epopeia dos descobrimentos. Milhões de escravos negros serão capturados, retirados de suas casas, arrancados à vida e vendidos como animais sem alma em terras por desbravar.
 
 
 
 
Estilo Manuelino 
Janela do Capítulo
(Convento de Cristo, Tomar)



Mosteiro dos Jerónimos
(Lisboa, detalhe)
 
As inovações artísticas que já campeavam um pouco por toda a Europa a partir e Itália, a pátria do Renascimento, demoraram a chegar a Portugal e, durante os séculos XV e XVI, continuaram a utilizar-se, entre nós, certos modelos e soluções estilo gótico. É no reinado de D. Manuel que algo de diferente se começa a fazer em termos artísticos e em que parece haver um florescimento das artes devido à prosperidade económica inicialmente conseguida pelos lucros do Oriente,pela a existência entre nós de um conjunto de artistas, nacionais e estrangeiros, de grande valore pela vontade de D. Manuel de afirmar a sua grandeza enquanto rei.
É neste contexto em que ganhou forma a corrente artística arquitectónica a que se chama Manuelino e que, do ponto de vista da arquitectura, seja visto ainda como uma variante do estilo gótico, apresenta originalidades, em particular nos motivos decorativos:
 
 
-Elementos relacionados com as actividades marítimas, como amarras, bóias de rede,conchas e corais;

-Elementos de carácter vegetalista e naturalista, por exemplo troncos podados, folhas e alcachofras;

-Símbolos reais e nacionais como a esfera armilar, a cruz da Ordem de Cristo e o escudo das quinas.
 
De entre os principais edifícios deste estilo, contam-se a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Convento de Cristo, em Tomar, a Igreja da Graça, em Évora, o Convento de Jesus, em Setúbal e outros.

 

A Política expansionista deD. João II.pdf (822 kB)


 

A passagem do Bojador abriu o caminho aos locais de origem do ouro. Para isso foi necessário estudar ventos e correntes, utilizar instrumentos náuticos, estudar e elaborar mapas e aperfeiçoar embracações, como foi o caso da caravela.