- A Revolução Francesa.

28-02-2012 19:10

O-Descontentamento-Social- França.pdf (555,5 kB)


Factores: 
Sociais  - Nobreza e Clero com privilégios e posse da maioria das terras
 Burguesia com poder económico e sem poder político e social
Povo – sobrecarregado de impostos e de rendas feudais, sem
direitos e na miséria


Económicos
e
Financeiras
Agricultura – pouco produtiva (técnicas rudimentares e sistema de
posse da terra)
 Manufacturas – desemprego causado pela concorrência inglesa
 Despesas do estado – superior às receitas. Agravadas pelo luxo,
rendas da nobreza e do Clero e pela Guerra dos 7 Anos.
Políticas  - Incapacidade da monarquia absoluta resolver os problemas
Outras  - Divulgação das ideias iluministas,
9 Influência do parlamentarismo inglês e da Revolução Americana
  
Acontecimentos:
5 de Maio de 1789 – reúnem os Estados Gerais (desde há 150 anos), com a presença               
da Nobreza, Clero e Terceiro Estado. (desentendimentos sobre a forma de votação)
20 de Junho de 1789 – Juramento na Sala do Jogo da Péla. O 3º Estado, com alguns
elementos da Nobreza e do Clero proclamam-se Assembleia Nacional Constituinte. O
rei tenta pôr ordem na cidade.
14 de Julho de 1789 – Tomada da Bastilha, símbolo do poder absoluto.
Agosto de 1789 – A Assembleia Constituinte aprova: 
9 Abolição do regime feudal
9 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
9 Nacionalização dos bens do Clero
1791 – Constituição institui uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL


    Princípios : Separação dos poderes
   Soberania da Nação – (sufrágio censitário)


FASES DA REVOLUÇÃO FRANCESA
1ª Fase - Monarquia Constitucional;
2ª    “    - A Convenção e o Terror
Agosto de 1792 – os Jacobinos (extremistas) tomaram o poder
  - Aboliram a monarquia e proclamaram a República
  - milhares de franceses são mortos na guilhotina, incluindo o rei .
3ª Fase – Do Directório ao Império Napoleónico
Directório – 5 directores → Consulado→ Golpe de Estado de Napoleão inicia
o Império
Fim: na Batalha de Waterloo. O Congresso de Viena (1814-15) restaura a
monarquia e o absolutismo. 

 

 

 

CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO E O CARÁCTER UNIVERSALISTA DA 
REVOLUÇÃO FRANCESA 
 
Transformações Políticas  - Substituição das monarquias absolutistas por 
monarquias constitucionais ou repúblicas 
- Separação dos poderes legislativo, executivo e judicial 
- Soberania da Nação 
- «Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão» 
- Formação de partidos políticos 
- Afirmação do Estado laico 
- Independência de novos países na sequência de 
movimentos autonomistas(ex. na América Latina) 
Transformações Sociais - A sociedade de ordens foi substituída pela sociedade de 
classes 
- A burguesia passou a ser a classe preponderante 
- Obtenção da liberdade e  de alguma igualdade de 
direitos 
- Apesar de continuarem a existir desigualdades sociais, 
os privilégios da herança desapareceram 
Transformações 
Económicas 
- A liberdade individual estimulou a produção e a 
iniciativa privada. 
- Aumentou o nº de proprietários e de empresários 
- O liberalismo político e económico originou o 
capitalismo industrial e financeiro.

 

 

Com o iluminismo, nascido em França no século XVIII, ganham cada vez mais adeptos as ideias de que os homens são iguais perante a lei; todos têm os mesmos direitos e deveres.
Ora , estas ideias opõem-se aos valores da monarquia absoluta- origem divina do poder real e grandes diferenças entre os direitos e deveres dos diferentes grupos sociais. Não admira, por isso, que tais ideias estejam na base da Revolução Francesa, ocorrida em 1789, bem como na de várias revoluções liberais que se vão registar por toda a Europa.
Sentindo-se em perigo, alguns reis absolutistas unem-se e declaram guerra à França. Essa guerra durou vários anos, até que o governo francês passou a ser chefiado por Napoleão Bonaparte.
Militar brilhante, Napoleão, em poucos anos, dominou quase toda a Europa.
Porém a Inglaterra demonstrou ser um inimigo muito difícil de vencer e, em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental

Bloqueio Continental

AS INVASÕES FRANCESAS

Portugal, que mantinha relações comerciais com a Inglaterra e era, além disso, um seu velho aliado, não aderiu ao Bloqueio.
Em resposta a esta atitude portuguesa, Napoleão ordenou a invasão do país através de Espanha, com a qual se tinha aliado.
Assim, num curto período de tempo, o nosso país vai ser invadido, por três vezes, pelos exércitos franceses. Invasões Francesas
Aquando da primeira invasão, ocorrida em 1807 sob o comando do general Junot, a família real portuguesa retira-se para o Brasil ( a fim de salvaguardar a independência do país), ficando um Conselho de Regência a governar Portugal.
Com o apoio das tropas Inglesas ( a quem pedimos auxilio) e sob o comando de Arthur Weellesley, o exército luso-inglês vence o exercito francês nas Batalhas de Roliça e do Vimeiro (1808). Os franceses têm então de assinar um tratado, aceitando a rendição – Convenção de Sintra – e são obrigados a retirar-se do país.
Não se conformando com a derrota, Napoleão ordena a segunda invasão.
Assim, em 1809, os exércitos franceses, desta vez comandados pelo marechal Soult, entram pelo Norte (chaves) e dirigem-se ao Porto. Contudo, são novamente derrotados pelo exército luso-inglês, não chegando a Linhas de Torres Vedraspassar o Douro.
O exército português é reorganizado pelos ingleses e são construídas várias fortificações para defender Lisboa – São as designadas linhas de Torres Vedras.
Ainda assim, Napoleão não desiste e ordena uma terceira invasão, comandada pelo general Messena.
Entrando, em 1810, pela Beira Alta, os franceses dirigem-se a Viseu, onde se instalam. As tropas luso-inglesas vão ao seu encontro, derrotando-os na batalha do Buçaco (1810). Apesar disso, os franceses caminharam para sul, na tentativa de conquistar Lisboa, mas não conseguiram passar as linhas de Torres Vedaras, retirando do nosso país, perseguidos pelo exército luso-inglês, em 1811.
O rei, que se encontrava no Brasil, pressionado pelos burgueses brasileiros, autoriza que o comércio se faça directamente com outros países a partir dos portos brasileiros. Esta medida desagradou muito aos comerciantes portugueses, pois vão perder lucros e porque D. João VI não mostra desejo de regressar a Portugal.

Conceitos

Iluminismo – Movimento Cultural na Europa do século XVIII que defendia os valores de tolerância, liberdade e separação de poderes políticos.

Bloqueio Continental:- política desenvolvida por Napoleão, na qual todos os países da Europa deveriam fechar os seus portos à Inglaterra e expulsar os comerciantes ingleses.

Este artigo foi retirado na totalidade deste site:

https://historiaviva-vanda51.blogspot.com/2010/01/as-invasoes-francesas.html

 

 

Revolução Francesa

 

 

Consulta este site

 

 

Napoleão Bonaparte - O Imperador

 

 
 
 
 
 
 
Este grande personagem da história nasceu na Córsega, no ano 1769. Ainda muito jovem, com somente dez anos de idade, o seu pai enviou-o para a França para estudar numa escola militar.
Apesar de todas os desafios que encontrou por lá, sempre se manteve muito determinado. O seu empenho e determinação fizeram dele tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos.

A Revolução Francesa (de 1789 a 1799), foi a oportunidade perfeita para Bonaparte alcançar seu objectivo maior. Tornou-se general aos 27 anos, saindo-se vitorioso em várias batalhas na Itália e Áustria.
A sua estratégia era fazer com que seus soldados se considerassem invencíveis. No ano de 1798 ele seguiu em embarcação para o Egipto, com o propósito de tirar os britânicos do percurso às Índias.
Napoleão Bonaparte foi muito bem visto pelos seus soldados e por grande parte do povo francês. O seu poder foi absoluto após ter sido nomeado cônsul.

No ano de 1804, Napoleão finalmente tornou-se imperador. Com total poder nas mãos, ele formulou uma nova forma de governo e também novas leis. Visando atingir e derrotar os ingleses, Bonaparte ordenou um Bloqueio Continental que tinha por objectivo proibir o comércio com a Grã-Bretanha.

No ano de 1812, o general francês atacou a Rússia, porém, ao contrário de seus outros confrontos, este foi um completo fracasso. Após sair de Moscovo, o povo alemão decidiu lutar para reconquistar a sua liberdade. Após ser derrotado, Napoleão foi obrigado a buscar exílio na ilha de Elba; contudo, fugiu desta região, em 1815, retornando à França com seu exército e iniciando o seu Governo de Cem Dias em França. Após ser derrotado novamente pelos ingleses na Batalha de Waterloo é enviado para o exílio na ilha de Santa Helena, local de seu falecimento em 5 de Maio de 1821.

Napoleão Bonaparte

 

 

Consulta este site e faz a biografia de Napoleão Bonaparte.

 

Desafio

 

 

Enigma: Napoleão Bonaparte, o imperador francês, teve um grande amor na sua vida. Como se chamava? (nome completo), quando nasceu e quando morreu? E já agora... onde é que se casaram?
 
 
 
Resposta: Nome da mulher e amor de Napoleão Bonaparte: Josefina. (Marie-Josèphe Tascher De la Pagerie). Nasceu em 23 de Junho 1763 e morreu a 29 de Maio 1814. Casou com Napoleão Bonaparte em 1796 no Palácio das Tulherias.

 

 

Arco do Triunfo - Os triunfos de Napoleão Bonaparte

 

 
Arco do Triunfo é um monumento da cidade de Paris construído para comemorar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte, que ordenou a construção em 1806 ao arquitecto Chalgrin. Foi inaugurado em 1836. Tem gravado os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Na sua base situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, construído em 1920. Situa-se na praça Charles de Gaulle, onde termina a mais famosa avenida de Paris, o Champs Élysées

 

 

 

 

 

Paródia sobre a Revolução Francesa.

Aqui vai uma dica criativa para os professores de História: Esta paródia da música da Lady Gaga conta, de forma descontraída, o processo da Revolução Francesa
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O descontentamento social

  • Mantinha as características de uma sociedade do Antigo Regime:
    • economia predominantemente agrícola;
    • predomínio das ordens privilegiadas;
    • monarquia absoluta de direito divino.
  • Clero e Nobreza estavam isentos de impostos e ocupavam os principais cargos públicos;
  • As classes privilegiados possuiam mais de 40% das propriedades agrícolas o que revoltava a grande maioria da população constiuída pelo 3º Estado (98%);
  • Os camponeses estavam subcarregados de impostos pagos ao rei, obrigações senhoriais e suportavam a humilhante justiça senhorial;
  • Os artesãos e assalariados queixavam-se da falta de emprego, dos baixos salários e da subida dos preços;
  • A Burguesia, apesar de ser o grupo social mais culto e endinheirado, não tinha acesso aos principais cargos públicos.

Todos estes factores levaram o 3º Estado (Burguesia e Povo) a apoiarem as ideiasILUMINISTAS  de LIBERDADE e IGUALDADE.

 

Crise económica e financeira

  • Maus anos agrícolas fizeram subir os preços dos cereais;
  • Para resolver a crise financeira, uma das soluções apontada foi a de fazer os grupos privilegiados pagarem impostos;
  • Clero e Nobreza opuseram-se;
  • Para encontrar uma solução, Luís XVI convocou os Estados Gerais. (Assembleia em que se reuniam, em França, os representantes das três ordens sociais com representantes de cada provincia.)

Os Estados Gerais

Abertura solene teve lugar em 5 de Maio de 1789.

  • Os representantes do 3º Estado entraram de imediato em conflito com os privilegiados;
  • O 3º Estado recusou a tradicional forma de votação, por ordem social, exigindo a votação por deputados o que lhes daria a vitória nas votações.

Dos Estados Gerais à Assembleia Constituinte

  • Face à dificuldade de encontrar um acordo, os representantes do 3º Estado, alegando que representavam 98% da população declararam-se Assembleia Nacional;
  • O rei foi obrigado a ceder;
  • A Assembleia designou-se Assembleia Nacional Constituinte, uma vez que tinham por objectivo a elaboração de uma nova Constituição.
  • Na prática, era o fim da monarquia absolutista.

Reacção absolutista e resposta popular

O rei resolveu reagir:

  • Mandou avançar as tropas para cercarem Paris;
  • Em resposta o povo saiu para as ruas e organizou-se;
  • A burguesia tomou o poder municipal e criou a Guarda Nacional;
  • Foram levantadas barricadas;
  • No dia 14 de Julho de 1789 assaltou a prisão-fortaleza da Bastilha;
  • Por toda a França, os camponeses enfurecidos atacavam os castelos senhoriais.

Acção da Assembleia Constituinte

Acção legislativa entre 1789 / 1791:

  • Abolição dos direitos feudais (corveias, justiça senhorial, etc.);
  • Extinção da dizima paga ao clero; (ver doc.4)
  • Publicação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (ver doc.2), onde se defendia:
    • a igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
    • o direito à liberdade individual e à propriedade;
    • princípio da soberania popular.
  • Aprovação da Constituição de 1791 que instaurou uma monarquia constitucionalbaseada na separação dos poderes:
    • poder executivo pertencia ao rei;
    • poder legislatívo a uma assembleia eleita;
    • poder judicial a juizes independentes.

A Assembleia Constituinte não estabeleceu a igualdade política de todos os cidadãos.

Foi aprovado o sufrágio censitário - só tinham direito a voto os cidadãos que dispunham de um certo grau de riqueza.


Plano da batalha do Vimeiro, publicado no periódico The National Register de 11 de Setembro de 1808